segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Amor e ódio

Se ser mãe é padecer no paraíso, ser dona de um carro velhinho é mais ou menos isso!


Sou a feliz dona e proprietária de um digníssimo gol 87, verde escuro metálico com frisos vermelhos. Meu primeiro e atual carro praticamente foi feito para mim, me apareceu nas minhas duas cores favoritas e detalhes mecânicos em ordem, uma história de amor e ódio que já dura dois anos e meio.

Não foi fácil de comprar, economizei e ralei muito para isso, fora a ajuda providencial do meu pai. E é com este carro que passei os mais diversos apertos automobilísticos: motor superaquecido, batida, arranhados, pecinhas que teimam em quebrar e soltar nas mãos e são super difíceis de repor tal como um transplante de órgãos, brasas de cigarro que teimam em cair no estofamento, lixo que teima em aparecer dentro do carro, poeira que teima em posar do lado de fora, combustível ruim, mecânicos enrolados... micos, rs, esses são os melhores!!!

Em resumo, amo ter carro e amo o meu carro mas, as vezes, ele dá defeito e me tira do sério, me deixa no meio da rua, o mecãnico não descobre o que é, me dá vontade de vendê-lo, daí, resolve funcionar de novo, roncar macio e me levar a todos os lugares... e eu esqueço todas as mágoas e me entrego feliz ao prazer de ter um carro.